Critérios de
Infecções Hospitalares

Depoimento Vitor França

Assim como a vida nasce do amor em um dia comum, meu encontro com a Dra Sarah foi assim: leve e marcante. Eu poderia contar uma super história de como a infectologia entrou na minha vida e de como toda a pesquisa e o tcc e os campos que acompanhei me marcaram. Mas existe uma magia na docência que nos conecta com o passado, o presente e o futuro.

Eu convivi muito com a região periferica do Recife e conheci um rapaz muito querido que faleceu da famosa “doença do rato”. Eu estava no quarto ano da UFAL e vez ou outra eu ainda não entendia como ainda hoje poderíamos perder alguém para uma doença tão previnível. Dra Sarah, uma mãe de todos alunos, brilhantemente entrou em sala e nos deus uma aula sobre leptospirose, ultrapassando o diagnóstico, o tratamento, e todas as nuances que logo posteriormente eu viria conhecer. Ela me conectou com o meu passado e me fez entender que ali: na leptospirose; no HIV; na tuberculose e em tantas doenças infectocontagiosas os determinantes sociais valem muito. Definem dignidade e vida. Não só se vive, é preciso se bem viver.

Já ouvi dizer que há momentos de epifania na vida, então ali, no meio de uma manhã de uma semana cansativa, eu tive uma epifania, descobri que eu queria ser infectologista. E vou ser, aonde tiver que acontecer.

Dra Sarah não só carrega o nome de uma turma de medicina de Alagoas e tantas homenagens, mas um dom de ensinar e cuidar das pessoas. Esteve sozinha por muitas vezes na linha de frente dando plantões, cuidando, orientando, informando e desconstruiu mitos em relação à pandemia. Sua competência profissional está marcada na vida dos tantos que salva e salvou, mas está também gravada nas entrevistas à nível nacional e na incessante vontade de nos manter informados de forma adequada através das redes sociais. Recentemente, diante mais uma epidemia de dengue, abriu lives e ensinou médicos generalistas e infectologistas a bem conduzir um paciente acometido por essa doença.

Por ela eu conheci a infectologia de verdade, e vou ser infectologista, com todas as multifacetas que essa especialidade tem, incluindo a de servir à quem mais precisa. Se eu puder dizer que fui aluno de alguém e que vou ser infectologista por causa de mim, mas ao acolhimento e estímulo de alguém, mesmo com o percalços, mencionarei certamente a dra Sarah Dominique que, além de me ensinar, me fez entender que médico precisa ser antes de tudo gente para entender gente.

Ao garoto que eu conheci lá na infância, à aula de leptospirose, ao amor à minha futura especialidade e a Deus: você, Dra. Obrigado por ser mãe de todos nós, inclusive respeitando nossas decisões, discordando, mas sempre nos apoiando.

Depoimento Rodrigo Paschoal

Bom dia a todos colegas. Eu me chamo Rodrigo Paschoal. Hoje eu venho aqui falar dessa querida que é a Doutora Sarah Dominique. Eu, como doutorando, tive a oportunidade de conhecê-la como professora em sua primeira turma na UFAL. Com ela tivemos muito conhecimento adquirido em sua bagagem, de forma ativa, baseada em artigos recentes e moldado com raciocínio clínico-sindrômico. Algo mais raro do se pode imaginar, tornando seu ensino muito rico. Suas aulas são muito interativas e práticas, tornando mais leve o aprendizado. Nos estágios tivemos passagem de visita com ela e observei seu examinar cuidadoso do paciente, seguido por sua observação atenta ao nosso exame e iamos para mais discussão de casos.

Em outro momento da minha vida, já como Médico do Trabalho, tive a oportunidade de reencontrá-la e laborar ombro a ombro, em ambiente hospitalar, discutindo questões de controle de infecção, planos de contenção e segurança do paciente. Mais uma vez aprendi a referência de coexistir com uma liderança segura e acolhedora. É uma profissional muito séria e competente, acessível, com robusto conhecimento em gestão e clínica.

Em nossa realidade médica, muito conhecimento existe, mas a capacidade de aplicá-lo no dia a dia é o grande diferencial para qualquer médico. Por todo o dito, a recomendo e lhes desejo sucesso.